Fósseis urbanos ou fósseis na rua





FÓSSEIS URBANOS ou FÓSSEIS NA RUA, eles estão por todo o lado ......!
Nas nossas cidades, vilas e aldeias, nos parques e avenidas, nas fachadas de edifícios públicos, nas escolas, nos escritórios, nas lajes que revestem os nossos prédios, nas ombreias das portas e janelas, nas bancadas de cozinhas e lavabos  e até ... nos pavimentos das nossas casas!
Os fósseis, vestígios de seres vivos que habitaram o nosso planeta há muitos milhões de anos, permanecem cravados nas pedras,  acompanhando-nos na azáfama do dia a dia.

fossil gastropode pavimento
Fóssil de gastrópode
em pavimento

Descobrir fósseis em meio urbano é uma maneira simples e divertida de aprendermos um pouco sobre a história do nossos planeta e,  neste caso, sobre a história geológica do nosso país. 
Não é preciso ir muito longe, basta apenas ter os olhos bem abertos e a mente desperta. 
Onde há uma pedra calcária ... pode haver um FÓSSIL, à espera de ser descoberto!


fossil gastropode em prédio
Fósseis em revestimento de edifício

Os Fósseis e o calcário

Porque é que só vemos fósseis em algumas pedras?  
As rochas ornamentais que se comercializam em Portugal são essencialmente os granitos, os mármores e os calcários, e é nestas últimas que se podem encontrar fósseis. 
Os granitos são rochas magmáticas que resultam do arrefecimento de lava próximo da superfície terrestre; os mármores, outrora foram calcários que sofreram metamorfismo pelo calor ou pela pressão, pelo que o seu conteúdo fossilífero dificilmente fica preservado; Os calcários são rochas sedimentares, formadas principalmente em ambientes aquáticos, contendo por isso restos de organismos que se vão acumulando nos fundos dos mares, lagunas ou lagoas.

fosseis urbanos
Fósseis urbanos

Os calcários portugueses foram formados ao longo do período Jurássico e Cretácico nas zonas a oeste e a sul do Maciço Ibérico, as chamadas Orla Mesocenozóica Ocidental ou Bacia Lusitaniana e Orla Mesocenozóica Meridional ou Bacia Algarvia.
Durante vários milhões de anos estas eram zonas depressionárias, formadas em consequência da fracturação do supercontinente Pangea, que foram invadidas por águas do mar, ficando submersas.

Fósseis em fachada de prédio

O calcário é uma rocha sedimentar formada a partir do mineral calcite, cuja composição química é o carbonato de cálcio (CaCO3), daí ser classificada como rocha carbonatada.
Alguns calcários são formados por precipitação química,  como é o caso das estalactites e estalagmites que embelezam as nossas grutas, ou como os magníficos tufos calcários de Condeixa.
Mas a maioria dos calcários portugueses são bioquimiogénicos e foram formados em ambientes marinhos por acumulação de restos esqueléticos de organismos vivos.

Fóssil em calcário jurássico
Fóssil de gastrópode com 40 mm
em calcário jurássico

Os bioclastos  (fragmentos de conchas de moluscos, restos de esponjas e corais ou partículas esqueléticas de alguns tipos de algas),  e outras partículas carbonatadas  (como  oólitos,  pisólitos, oncólitos e pelóides), acumulam-se no fundo oceânico juntamente com lamas (compostas por restos de carbonato de cálcio de organismos microscópicos planctônicos e argilo-minerais).
Ao longo do tempo, estes sedimentos são transformados em rochas (litificados) dando origem aos calcários actuais.

geologia urbana - fossil de coral colonial
Fóssil de coral

Existem também os calcários bioconstruidos ou bioedificados, resultantes da actividade biológica de alguns organismos, como é o caso dos recifes de coral.

São várias as utilizações que se podem dar ao calcário, tais como o fabrico da cal e cimento,  construção civil e obras públicas, indústrias química e do vidro, rações para gado, fabrico de soda, preparação de pasta de celulose, de nitratos, etc.,  mas é a utilização como rocha ornamental que permite que todos possamos descobrir e apreciar os segredos que eles encerram.

Fóssil de gastrópode com 23 mm

Calcários ornamentais 

Bacia Lusitaniana é o nome dado a uma bacia sedimentar que se desenvolveu ao longo do  Mesozoico na margem ocidental portuguesa. A sua parte actualmente emersa, ocupa uma área desde sensivelmente Espinho à Serra da Arrábida, delimitada a oriente pela falha Porto/Tomar. 
Ao longo do Jurássico (e em algumas zonas parte do Cretácico) esta bacia, que se estendia muito para lá da actual linha de costa, encontrava-se submersa por águas do mar, num ambiente propicio à formação de calcários.
Mais tarde, forças tectónicas elevaram várias áreas da Bacia, dando origem às nossas serras calcárias como Montejunto, Arrábida, Sicó, Alvaiazere, ou mesmo à mais extensa elevação calcária do país - o  Maciço Calcário Estremenho (MCE).

calcario ornamental portugues fosseis
Fósseis marinhos em
calcário ornamental do Jurássico médio

O MCE, que compreende as Serras de Aire e Candeeiros e os planaltos de Santo António e São Mamede, apesar de,  a maior parte da sua área, se encontrar integrada no Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros (PNSAC), apresenta uma importante industria extractiva. 

Daqui, são extraídas blocos de calcários muito puros e espessos para fins ornamentais,  maioritariamente do período Jurássico médio,  alguns deles com conteúdo muito fossílífero como é o caso das designações comerciais Moca Creme (Calcários de Pé da Pedreira do Batoniano, com ~167Ma), Vidraço de Moleanos (Calcários de Moleanos do Caloviano, com ~165Ma) ou o menos conhecido Pedra Bicho (Calcários Micríticos de Serra d’Aire também do Batoniano com  ~167Ma).

urban fossils
Fósseis marinhos em
calcário ornamental do jurássico médio

Na região de Lisboa à muitos séculos que são explorados calcários com fins ornamentais, como o famoso Lioz ou Liós que decora muitas das fachadas dos monumentos e edifícios da capital (e não só). Estes são calcários de idade cretácica (Cenomaniano ~100Ma), bioconstruidos, formados por colónias de bivalves extintos - os rudistas, que ocupavam grandes áreas dos fundos marinhos formando extensos recifes.

rudistas em lios
Calcário Liós

Que fósseis se podem encontrar nos calcários?

Existem dois tipos de fósseis: os somatofósseis -  restos fossilizados de seres vivos, como ossos, dentes, conchas, folhas, etc e os icnofósseis - marcas da actividade desses seres como vestígios de locomoção, de alimentação, ovos, excrementos, etc.. 

Falaremos apenas de alguns somatofósseis que se podem observar à vista desarmada,  já que existem muitos outros que, por serem demasiado pequenos ou mesmo microscópicos, é necessário equipamento especial. No entanto, é sempre benéfica a utilização de uma lupa, para observação dos espécimes mais pequenos.

fosseis urbanos gastropodes
Somatofósseis de gastrópodes
(exemplar à esquerda: 100 mm)



1 - BRAQUIÓPODES E BIVALVES

Pertencentes ao filo Brachiopoda, os BRAQUIÓPODES podem confundidos com bivalves apenas por as suas conchas também possuírem duas valvas. No entanto, ao contrário dos bivalves que têm valvas semelhantes, os braquiópodes possuem uma concha com duas valvas distintas: a valva peduncular (maior) e a valva braquial (mais pequena).
Os primeiros braquiópodes de formas inarticuladas e concha quitino-fosfata, surgiram no final do Pré-Câmbrico. As formas articuladas surgiram no Câmbrico (~540Ma) e tornaram-se imensamente diversos e abundantes. Os braquiópodes foram muito afectados na extinção permo-triássica e muitas espécies foram também extintas no período Jurássico, o que permitiu que os nichos ecológicos que ocupavam fossem invadidos progressivamente pelos bivalves. Os braquiópodes funcionam como fósseis de idade para o Paleozóico.


Fóssil de braquiópode
em secção longitudinal

fosseis urbanos ou geologia urbana
"Reunião" de braquiópodes

Os BIVALVES são moluscos caracterizados por possuírem uma concha com duas valvas carbonatadas semelhantes. São animais exclusivamente aquáticos, podendo viver em ambientes de água doce, salobra ou salgada. A maioria das espécies vive junto ao fundo (bentónica), enterrados ou presos ao substrato. Para se alimentarem, filtram as partículas que se encontram em suspensão na água.
Pertencentes ao filo Molusca, surgiram no Câmbrico, há cerca de 500 milhões de anos e actualmente estão representados  com cerca de 15 000 espécies.

fossil urbano - bivalve
Fóssil de molusco bivalve com 11 mm
e parte de artículo de crinoide (à esq.)

paleontologia urbana - fossil bivalve
Fóssil de bivalve em secção transversal

urban fossil
Fóssil de bivalve ou braquiópode com 35 mm

Os mexilhões, ostras, vieiras, ameijoas e berbigões são bivalves que todos conhecemos e que fazem as delicias dos apreciadores de um bom petisco, mas existem muitas espécies extintas como as Exogyras (um género de ostras) ou os Rudistas.

fosseis urbanos rudistas
Fósseis de rudistas em pavimento

Os RUDISTAS são muito comuns nos calcários cretácicos da região de Lisboa, os conhecidos Liós. Eram bivalves com um aspecto estranho e diferente dos bivalves de outras ordens.  As suas valvas muito espessas eram assimétricas, e normalmente uma delas estava fixa ao substrato.  Viviam semi-enterrados, formando grandes bancos que ocupavam extensões muito significativas, daí serem considerados construtores de recifes.
Os primeiros rudistas surgiram no Jurássico superior, diversificaram-se muito ao longo do Cretácico e extinguiram-se juntamente com os dinossauros e muitas outras espécies na extinção em massa Cretácico-Paleogénico (K-Pg).

Fóssil de rudista  secção transversal
Fóssil de rudista
secção transversal

Os rudistas presentes nos calcários portugueses são essencialmente os Caprinídeos e os Radiolitídeos, duas famílias de rudistas muito abundantes no Cenomaniano (~95Ma).
Nos Radiolitídeos, a valva inferior, cónica e alongada, estava fixa ao fundo e a valva superior, redonda e aplanada, formava uma espécie de tampa.
Nos Caprinídeos, a valva inferior também era cónica e fixa ao substrato mas a valva superior era enrolada como um corno de cabra.

Fóssil urbano de rudista Caprinídeo
Fóssil de rudista Caprinídeo
corte oblíquo da valva superior
onde são visíveis os canais paleais



2 . CHITONS (POLYPLACOPHORA)

Pertencentes também ao filo Molusca, os Polyplacophora (que em grego significa "portadores de muitas placas") vulgarmente conhecidos por chitons, surgiram no Câmbrico superior e actualmente estão representados com cerca de 600 espécies.

Polyplacophora fóssil
Fóssil de chiton com 18 mm

São exclusivamente marinhos e a maioria vive em zonas litorais, mas existem espécies que podem viver em águas profundas. Os seus corpos são achatados, de forma oval, com oito placas (valvas) sobrepostas que formam a sua concha dorsal. À volta dessa concha dorsal, possuem uma cinta carnuda, que pode ser coberta de escamas, de pêlos ou de espículas, consoante as espécies. Não possuem olhos nem tentáculos, e alimentam-se de algas e de outros organismos microscópicos que raspam das rochas, à medida que se deslocam sobre elas. Um sistema de músculos na concha permite que se enrolem (como os bichos de conta) para se protegerem.



3 . GASTRÓPODES

Os gastrópodes são a classe dos moluscos que apresenta maior quantidade e diversidade de espécies vivas e extintas.

Gastrópodes em pavimento de sala
Fósseis de gastrópodes em pavimento de sala
em cima: 7mm; em baixo: 6mm

Fóssil de gastrópode com 30 mm
em edifício público

Surgiram no Câmbrico superior como organismos marinhos e rapidamente se diversificaram ocupando todos o ambientes aquáticos mas também terrestres. São fáceis de identificar devido às suas conchas de uma só valva enroladas em espiral, mas nem todos os gastrópodes têm concha em espiral e alguns nem sequer a possuem.

Fóssil urbano gastrópode Nerinea
Corte longitudinal de fóssil de gastrópode Nerinea
com 82 mm

Fóssil de Nerinea com 16 mm
em calcário Moca Creme

Entre os gastrópodes vivos incluem-se as lesmas, os caracóis, os búzios e as lapas.
As nerineias, gastrópodes marinhos que surgiram no inicio do período Jurássico e se extinguiram no final do Cretácico, fazem-se representar abundantemente nos calcários portugueses.



5. AMONITES

Quando se fala em fósseis de organismos marinhos, as amonites (a par das trilobites) são os mais populares e conhecidos do público em geral. Estes animais pertencem a um grupo de moluscos cefalópodes que surgiram à cerca de 419 Ma no período Devónico e que se extinguiram no final do Cretácico à cerca de 66 Ma, juntamente com os dinossauros.

fosseis urbanos amonite
Fóssil de amonite
com 50 mm de diâmetro

Os amonóides ou amonites,  são reconhecidos pelas suas conchas planas e enroladas, e os seus fósseis são conhecidos desde a antiguidade. Os gregos chamavam-lhes “cornos de Amon” (sendo que Amon era um deus egípcio adoptado pelos gregos, que o representavam com a cabeça de um carneiro).
Pouco se sabe sobre o modo de vida destes animais exclusivamente marinhos, já que os únicos vestígios que nos deixaram foram somente as suas conchas, compostas principalmente de carbonato de cálcio, na forma de aragonite, que constituem o seu esqueleto externo.

fossil amonite
Fóssil de amonite
com 20 mm de diâmetro

As conchas das amonites são compostas na sua parte central (umbilico) por uma câmara embrionária que envolvia o animal na sua fase larval. À medida que crescia, eram acrescentadas novas câmaras separadas por septos, soldados à parede interna da concha formando suturas, mais ou menos complexas. As várias câmaras da concha (fragmocone) eram cheias de fluidos e gases o que permitia que o animal controlasse a profundidade com que se deslocava na água. Por fim, a última câmara - câmara de habitação - era onde a amonite vivia.



6 . BELEMNITES

Tal como as amonites, as belemnites foram extintas no final do Cretácico à cerca de 66 Ma. 
Estes moluscos cefalópodes, com formato idêntico às actuais lulas, foram muito abundantes nos períodos Triásico e Jurássico, e são frequentes no registo fóssil.

Rostro fossilizado de belemnite
com 50 mm de comprimento

As belemnites possuíam braços na parte anterior do corpo, munidos de pequenos ganchos curvos que seriam usados ​​para agarrar presas, como pequenos peixes, moluscos e crustáceos. 
O seu esqueleto interno, cónico e rígido, era composto por três partes: o pró-óstraco, com formato de uma pena, possivelmente sustentava as partes moles do animal; o fragmocone que, tal como nas amonites, era composto por câmaras inundadas divididas por septos, proporcionando-lhes flutuabilidade e estabilidade; e por fim o rostro, em forma de bala e composto por calcite, constituía a parte mais resistente do corpo do animal e serviria de contra-peso ao resto do corpo.

Rostro fossilizado de belemnite

Fóssil de belemnite no interior de espaço comercial

Os seus fósseis são fáceis de identificar devido à forma de bala dos seus rostros (a parte mais dura do corpo destes animais



8.  CORAIS


fosseis urbanos coral solitario
Fóssil de coral solitário com 25 mm de diâmetro

Os corais duros (hermatípicos), são pequenos animais de corpo tubular mole - os pólipos, que utilizam o carbonato de cálcio da água para construir um exoesqueleto duro, uma espécie de carapaça calcária onde se alojam.

geologia urbana - fossil coral solitario
Fóssil de coral solitário com 11 mm de diâmetro

Coral solitário

Podem ser solitários, mas a sua maioria agrupa-se em grandes colónias que, em simbiose com certas algas, formam finas camadas de carbonato de cálcio no fundo oceânico. Quando os pólipos morrem, novos pólipos crescem por cima dos seus exoesqueletos, e assim se vão amontoando camadas sucessivas de várias gerações de pólipos, dando origem aos magníficos ecossistemas que são os recifes de coral.

geologia urbana - fossil coral colonial
Fóssil de coral colonial

fosseis urbanos coral colonial
Fóssil de coral colonial

Os recifes de coral necessitam de águas quentes e claras, longe da influência de água doce e a sua presença nos calcários portugueses atesta bem a existência destes ambientes, pelo menos em certos locais da bacia lusitaniana ao longo do Jurássico.

Coral e braquiópode

fosseis urbanos coral colonial
Colónia de pólipos de coral



9. EQUINODERMES


fosseis urbanos
Fóssil de ouriço do mar em corte transversal (forma circular à direita)
e fóssil de gastrópode (à esquerda)
na fachada de um prédio

A maioria dos equinodermes vive junto aos fundos marinhos e entre eles estão as estrelas do mar (Asteroides), os ouriços do mar (Equinoides), os lirios do mar (Crinoides), as serpentes (Ofiuroides)  e os pepinos do mar (Holoturoides).

fosseis urbanos ouriço
Fóssil de ouriço do mar com 22 mm de diâmetro
em corte transversal

fossil gastropode e ouriço do mar
Gastrópode (à esquerda) e ouriço do mar (à direita)
corte longitudinal

Os corpos dos equinodermes adultos apresentam-se com simetria pentaradial, ou seja, estão organizados em cinco partes simétricas dispostas à volta de um eixo. A sua presença no registo fóssil deve-se à existência de um esqueleto interno formado por placas calcárias.
Têm geralmente uma vida livre com excepção de muitos crinoides que vivem presos ao substrato.

fosseis na rua talo de crinoide
Parte de um talo fossilizado de crinoide com 18 mm, onde são visíveis as
pequenas placas calcárias (artículos) que o compõem

Alguns crinoides foram muito abundantes nos mares do Jurássico, mas os seus fósseis completos são muito raros de encontrar. O esqueleto interno deste invertebrados, formado por pequenas placas soltas de calcite (ossículos ou artículos), era composto pela âncora ou radícula que os fixava ao fundo, pelo talo ou pedúnculo que faz lembrar o caule de uma planta e por fim o cálice com vários braços ramificados dispostos radialmente. Quando da morte do animal, os artículos separam-se e são eles que aparecem frequentemente espalhados nos calcários.

fosseis urbanos pedúnculo de crinoide
Parte de um talo ou pedúnculo fossilizado de crinoide
com 26 mm de comprimento

Os equinodermes surgiram no Câmbrico e ainda hoje é possível admirar muitas espécies que, durante a maré baixa, espreitam por entre as rochas das nossas praias.

Âncora ou radícula fossilizada de crinoide
Âncora ou radícula fossilizada de crinoide
com 54 mm de comprimento


O Homem e os fósseis


Os restos fossilizados desses seres ancestrais, há muito que despertaram a curiosidade dos Homens que ainda hoje procuram saber como eram, onde viviam, que ligações tinham com os seres actuais.
Os amantes das Ciências da Terra, da Natureza e da Biodiversidade, gostam de os observar in situ, no local onde foram fossilizados, e eles são abundantes em algumas arribas da nossa costa, ou nas pedras das nossas Serras calcárias.

Fóssil de gastrópode

Fóssil de gastrópode com 33 mm

Coleccionadores de todo o mundo percorrem centenas e até milhares de quilómetros para tentarem encontrar um espécime mais raro, ou melhor preservado.

Em Portugal, existem fantásticas colecções, algumas em exposição em museus nacionais, nos quais se destaca o Museu Geológico em Lisboa, criado em 1859, com milhares de exemplares de fósseis com representação em Portugal.


Coral colonial


Coral colonial

Mas como vimos, não é preciso muito esforço para os encontrar, já que por vezes basta olhar para o chão que pisamos todos os dias.
"A vida passa-nos ao lado" - comentou alguém quando percebeu que estávamos a fotografar fósseis à porta da sua casa....


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